27/03/2010

JÁ NÃO VEJO

Já não vejo aquela alegria
Que havia na natureza
O Rouxinol e a Cotovia
Cantavam que era uma beleza.

Já não vejo a floresta
Verde verde bem verdinha
E da pouca que ainda resta
Queimam-na toda coitadinha.

Já não vejo os passarinhos
De ramo em ramo a chilrearem
A construirem os seus ninhos
Prós seus filhos se abrigarem.

Já não vejo as oliveiras
Tão verdes ás carreirinhas
Nem sequer as amendoeiras
Pareciam noivas branquinhas.

Já não vejo animais rastejantes
Em qualquer vereda ou caminho
Já não vejo os pinhais verdejantes
Nem urzes nem rosmamaninho.

A política numa correria
Vão falando coisas bonitas
Estragando dia após dia
Todas as hortas e qintas.

Mãos criminosas vão queimando
O que é bom da natureza
O cimento armado vai matando
Do Algarve a maior riqueza.

O que é que se passou na minha terrra???
Que os meus olhos não podem ver
Já não vejo a beleza da Serra
Da terra que me viu nascer.

Fernanda Dias

VELHICE

Velhice, vai-te embora,
Não apareças,
Não preciso de ti,
Não quero te conhecer;
Sai do meu caminho!
Não me ponhas triste,
Por te conhecer;
Não passes á minha porta,
Quando eu estiver em casa,
Não quero que me sigas,
Pois não quero a tua ajuda,
Não esperes por mim,
Que eu sei bem o caminho,
Não tentes me ajudar,
Que sei fazer tudo sozinha,
Não corras para mim,
Que eu ando sempre á pressa,
Tu és o Outono da vida,
E eu só quero ser Primavera,
Tu procuras a tempestade,
E eu quero ser a bonança,
Tu só trazes o sofrimento,
E eu quero a alegria,
Tu segues-me a todo o momento,
Nas horas do meu dia a dia,
Eu nunca te pedi nada...Velhice.

Este poema escrevi eu em 1987

Fernanda Dias

26/03/2010

PORTIMÃO PRINCESA DO RIO ARADE


Portimão eu te conheço
Desde há muitos anos
Sabes que te tenho apreço
E nunca tive desenganos.

Das terras de Portugal
Tu és a mais pitoresca
No Turismo não tens rival
E na tua sardinha fresca.

À beira mar plantada
Bem junto do Oceano
Portimão terra adorada
Eu te quero bem estimada
Todos os dias do ano.

Pelos turistas és cobiçada
No mundo inteiro te adoram
Minha querida terra sagrada
Os que partem, por ti choram.

Teus filhos maravilhosos
Defendem-te com primor
Tens Museus tão preciosos
Que te dão brio, e valor.

Tens artistas por todo o lado
Cada qual suas culturas
Bons filhos cantando o fado
Ninguém te deixa de lado
Porque são boas criaturas.

Do Algarve és a Rainha
Todos acolhes com carinho
Portimão Princesa minha
Eu te ofereço este versinho.

Fernanda Dias